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18 de ago. de 2011

NÃO TE METAS NA MINHA VIDA

Hoje que estou aprofundando meus estudos teológicos na Família,
seus valores, seus princípios, suas riquezas, seus conflitos,
recordo-me de uma ocasião em que escutei um jovem gritar para seu pai:

NÃO TE METAS NA MINHA  VIDA!
Essa frase tocou-me profundamente. Tanto que, freqüentemente,
a  recordo e comento nas minhas conferências com pais e filhos.
Se, em vez de sacerdote, tivesse optado por ser pai de família,
o que diria ante essa exclamação impertinente de meu(minha) filho(a)?
Esta poderia ser a minha resposta:
FILHO, UM  MOMENTO, NÃO SOU EU QUE ME METO NA TUA VIDA,
FOSTE TU QUE TE METESTE NA MINHA!

Faz muitos anos, graças a Deus, e pelo amor que tua mãe e eu sentimos,
chegaste às nossas vidas e ocupaste todo nosso tempo.
Ainda antes de nasceres, tua mamãe sentia-se mal, não conseguia comer,
tudo o que comia, vomitava.
E tinha que ficar de repouso.  Tive que me dividir entre as tarefas
do meu trabalho e as da casa para ajudá-la.
Nos últimos meses, antes que chegasses, tua mãe não dormia e não me deixava dormir
Os gastos aumentaram incrivelmente, tanto que grande parte do que ganhava era gasto contigo, para pagar um bom médico que atendesse tua mamãe e a ajudasse a ter uma gravidez saudável, em medicamentos, na maternidade, em comprar-te todo um guarda-roupa etc.
Tua mãe não podia ver nada de bebê, que não o quisesse para ti, compramos tudo o que podíamos, contando que tu estivesses  bem    e tivesses o melhor possível.

Chegou o dia em que nasceste: Tivemos que comprar algo para dar de recordação aos que te vieram conhecer, Tivemos que adaptar um quarto para você.
Desde a primeira noite não dormimos. A cada três horas, como se fosses um alarme de relógio, despertavas para te darmos de comer. Outras, porque te sentias mal e choravas e choravas, sem que nós soubéssemos o que fazer, pois não sabíamos o que te tinhas, até chorávamos contigo.
   
Começaste a andar e não sei quando foi que tive que andar mais atrás de"ti",
se quando começaste a andar ou quando pensaste que já sabias.  
Já não podia sentar-me tranquilo   lendo jornal, vendo um filme ou o jogo do meu time favorito, porque quando acordavas, te perdias  da minha vista e tinha que sair atrás de ti para evitar que te machucasses.
 
Ainda me lembro do primeiro dia de aula.  Quando tive que telefonar para o serviço e
 dizer que não podia ir. Já que tu, na porta do colégio, não querias soltar-me a mão e entrar. Choravas e pedias-me que não fosse embora.
Tive que entrar contigo na escola, e pedir à professora que me deixasse estar ao teu lado, algum tempo, na sala, para  que te fosses acostumando.
Depois de algumas semanas,  já não me pedias que ficasse e até esquecias de se despedir quando saías do carro correndo para te encontrares com os teus amiguinhos.
 
Foste crescendo, já não querias que te levássemos às festas em casa de teus amiguinhos, pedias-nos que parássemos numa rua antes de te deixarmos e que
te fôssemos buscar numa rua depois. Porque já eras "cool“, top,não querias chegar cedo em casa.
 Incomodava-te que te impuséssemos regras. Não podíamos fazer comentários
sobre os teus amigos, sem que te voltasses contra nós, como se os conhecesses a eles toda a tua vida e nós fôssemos uns perfeitos "desconhecidos"para ti.

Cada vez sei menos de ti por ti mesmo , sei mais pelo que ouço dos demais.
Já quase não queres falar comigo, dizes que apenas sei reclamar, e tudo o que faço está mal, ou é razão para que te rias de mim, pergunto:
como, com esses defeitos, pude dar-te o que até agora tens tido? 
Tua mãe passa noites em claro e, consequentemente, não me deixa dormir dizendo-me
que ainda não chegaste e que já é madrugada, que o teu celular está desligado,
que já são 3h e não chegas.
Até que, por fim, podemos dormir quando acabas de chegar.

Já quase não falamos, não me contas as tuas coisas, aborrece-te falar com velhos que
não entendem o mundo de hoje.  Agora só me procuras quando tens que pagar algo
ou necessitas de dinheiro para a universidade, ou para se divertir.
 Ou pior ainda, procuro-te eu, quando tenho que chamar-te a  atenção.

Mas estou seguro que diante destas palavras:
 "NÃO TE METAS NA MINHA VIDA", podemos responder juntos:
FILHO(A),  NÃO ME METO NA TUA VIDA
POIS FOSTE TU QUE TE METESTE NA MINHA.
TE ASSEGURO QUE DESDE O PRIMEIRO DIA
ATÉ O DIA DE HOJE, NÃO ME ARREPENDO QUE
 TE  TENHAS METIDO NELA E A TENHAS TRANSFORMADO
 PARA SEMPRE!
ENQUANTO FOR VIVO, VOU METER-ME NA TUA VIDA,
ASSIM COMO TU TE METESTE NA MINHA, PARA AJUDAR-TE, PARA FORMAR-TE, PARA AMAR-TE E PARA FAZER DE TI UM HOMEM OU
UMA MULHER DE BEM!
SÓ OS PAIS QUE SABEM METER-SE
NA VIDA DE SEUS FILHOS CONSEGUEM FAZER DELES,
HOMENS E MULHERES QUE TRIUNFAM NA VIDA E
SÃO CAPAZES DE AMAR.

PAIS:
MUITO OBRIGADO!
 Por se meterem na vida dos seus filhos. Ah, melhor ainda, corrijo,
por terem deixado que os seus filhos se metam nas suas vidas!

E para vocês filhos:  
VALORIZEM SEUS PAIS. NÃO SÃO  PERFEITOS, MAS AMAM VOCÊS E
 TUDO O QUE DESEJAM É QUE VOCÊS SEJAM  CAPAZES DE ENFRENTAR A VIDA E TRIUNFAR COMO HOMENS DE BEM !
A vida dá muitas voltas, e, em menos tempo do que vocês imaginam, alguém lhes dirá:
“NÃO TE METAS NA MINHA VIDA!”

A  paternidade
não é um capricho ou um acidente,
é um dom de Deus,
que nasce do Amor!

Deus os abençoe!
 A TODOS!

Texto criado por um sacerdote.

E eu faço um comentário sobre a mensagem acima... e eu que fiz as duas parteS???
Fui  pai e mãe... sofri pelos dois...mesmo não sendo um capricho,
gostaria de ver nos meus filhos um... digamos    reconhecimento...
afinal de contas... fui PÃE...

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